No Brasil, referências mundiais na implementação da Justiça Restaurativa

A Justiça Restaurativa é uma realidade que avança e cresce no Brasil, com a vitalidade e força próprias do anseio coletivo por Justiça enquanto valor universal.

Experiências brasileiras confirmam ser possível as instituições do Estado Democrático de Direito conviverem com alternativas de solução dialogada de conflitos. Demonstram que, mais além do rigor da lei processual e das garantias constitucionais, existe espaço para o encontro, o consenso e a convergência, sem descuidar de conquistas fundamentais como a legalidade, o devido processo legal, a presunção de inocência e a ampla defesa.

Aqui, como no plano internacional, essas experiências convidam a promover a Justiça como direito à palavra, empoderando as pessoas para atuarem na pacificação dos conflitos ou infrações em que estejam envolvidas. Convidam para encontros juridicamente protegidos abertos à expressão da humanidade de cada um, de reconhecimento mútuo, de compreensão da complexidade das causas subjacentes a qualquer conflito. Convidam a cooperar voluntariamente na construção de consensos capazes de promover empatia e auto-responsabilidade de ofensores, a reparar os danos sofridos pelas vítimas e comunidades e a ativar a cidadania, abrindo espaços concretos de participação e corresponsabilização. Convidam para que cada infração ou conflito sirva como oportunidade de aprendizagem e de revelar as subjacentes desigualdades sociais e toda sorte de violências estruturais comuns às sociedades modernas.

Se condenamos a violência por ser injusta, como lidar com ela de forma justa?

Dia 9 de outubro será realizado no Grande auditório do MASP, às 19h, o 100º fórum do Comitê da Cultura de Paz, um marco relevante nos 12 anos de atividades ininterruptas que gerou desdobramentos significativos em todo o país e reconhecimento internacional. Para conferir o programa completo do 100º fórum - "Se condenamos a violência por ser injusta, como lidar com ela de forma justa?" - clique aqui. A entrada é franca e não há necessidade de inscrição prévia.

Abaixo, o convite da Profa. Lia Diskin a todos os parceiros do Comitê.

Mui prezados parceiros,
100 fóruns, mais de 25.000 participantes, 12 anos de atividade ininterrupta, quase 200 horas de registro em áudio disponíveis no site, onde se recebe uma média de 600 visitas diárias... relatório numérico que contorna o cenário onde o Comitê da Cultura de Paz vem plantando e inspirando milhares de iniciativas de forma não centralizada, polifônica e autônoma.
Todavia, os números são insuficientes para retratar as alegrias, encontros, parcerias, descobertas que acontecem a cada fórum. Tampouco conseguem explicar o entusiasmo e a perseverança dos voluntários que sustentam o fazer-acontecer. Nem dos frequentadores que nos acompanham e incentivam há mais de uma década.
100º fórum para celebrar! Os pioneiros brasileiros na Cultura de Paz estarão presentes nesta mesa redonda, cujo propósito é reafirmar a urgência de uma cidadania solidária capaz de pactuar princípios e respeitar diferenças. Os professores Ubiratan D’Ambrósio, Therezinha Fram e Cândido Alberto Gomes nos oferecerão suas experiências, conhecimentos e reflexões na terça-feira, 9 de outubro, às 19 horas, no MASP, conforme programa detalhado abaixo.
Disponibilize o programa deste 100º Fórum nas suas redes. Convide seu vizinho, irmão, colega... polinize a ideia!
Na gratificante tarefa de estender este convite, recebam todos abraços amigos,
Lia Diskin